Assata Shakur, Nehanda Abiodun e a Republic of New Afrika

Assata Shakur                                    Nehanda Abiodun


Nascida em 16 de julho de 1947 com o nome de Joanne Deborah Byron e posteriormente Joanne Deborah Chesimard, seu nome de “escrava” que Assata deixa para trás ao adotar o nome de Assata Olugbala Shakur. Assata significa ‘Aquela que luta”, Olugbala “Amor ao povo” e Shakur “a agradecida” que ela colocou em homenagem ao Zayd Shakur e a toda sua família. Zayd foi do Exército pela Libertação do Povo Preto (BLM) e dos Panteras Pretas, um dos presos no famoso caso dos Panteras 21. Zayd Shakur morreu aos 33 anos tentando proteger a Assata, segundo palavras da própria.

 Antes de entrar pro Partidos dos Panteras Pretas, Assata já estava se envolvendo com grupos do poder preto, e grupos anti-guerra, sendo presa pela primeira vez depois de se acorrentar no prédio do campus para exigir mais professores negros na CCNY (City College of New York).

 Assata Shakur se junta ao Partido dos Panteras Pretas e ajuda a formar o capitulo de Nova York, localizado no Harlem, o primeiro capitulo do partido a se formar fora da Califórnia, se tornando um dos capítulos mais ativo e forte do partido, responsáveis por outras filiais, como o da Filadélfia. Eles desenvolveram além do programa de café da manhã para as crianças, um centro medico com serviço odontológico e um centro de triagem de anemia falciforme, uma seção de jovens chamada Black Panther Athletic Club, com uma educação afrocentrada, entre outros programas. Em 1969 acontece o que ficou conhecido como Panteras 21, onde 21 panteras foram presos sob a acusação de dinamitar e bombear as lojas de departamento de Nova York. Alguns dos Panteras 21 foram soltos antes do julgamento; os restantes ficaram conhecidos como o Panteras 13 e foram absolvidos de todas as acusações contra eles em maio de 1971. Nesse momento o capitulo de Nova York fica desfocado, e desmoralizado pela COINTELPRO, e divididos também entre ideologias, Assata questiona que “Eles estavam lendo o Livro Vermelho, mas não sabiam quem era Harriet Tubman, Marcus Garvey e Nat Turner. Muitos deles mal entendiam qualquer tipo de história, negra, africana ou de outra forma” outro fator que os dividiu foi o status do membro fundador, Huey Newton, dentro do partido "Quando Huey mudou seu título de ministro da Defesa para o" Comandante Supremo ", que parecia ridículo, e depois para o" Servo Supremo "ainda mais ridículo, quase ninguém disse uma palavra. Esse foi um dos grandes problemas no Partido. A crítica e a autocrítica não foram encorajadas, e o pouco que foi dado não foi levado a sério ". [1]

 Shakur e outros panteras pretas deixam o partido e dão início a criação do Black Liberation Army – BLA, O Exército de Libertação Negra, uma organização revolucionária, nacionalista negra. subterrânea, que efetivamente operou nos Estados Unidos de 1970 a 1981. O programa da organização era de luta armada, e seu objetivo declarado era tomar as armas pela libertação e autodeterminação dos negros nos Estados Unidos, o BLA escolheu o dia 19 de maio de 1971, o aniversário do nascimento de Malcolm X para fazer o seu primeiro ataque contra dois oficiais que faziam a segurança da residência do procurador do julgamento dos Panteras 21, após o ataque a imprensa recebeu o primeiro comunicado do Exército: "Os caçadores armados do governo racista voltarão a encontrar as armas dos povos oprimidos do terceiro mundo enquanto ocupam nossa comunidade e assassinem nossos irmãos e irmãs em nome da lei e da ordem americana. Assim como os fuzis fascistas e o exército dos EUA ocupam o Vietnã em nome da democracia e assassinam pessoas vietnamitas em nome do imperialismo americano, são confrontados com as armas do exército de libertação vietnamita, as forças armadas domésticas de racismo e opressão serão confrontadas com as armas do Exército de Libertação Negra, que se encontrará na tradição de Malcolm X e de todos os verdadeiros revolucionários, justiça real.” O BLA seguiu atuando e fazendo vários ataques, de acordo com um relatório do Departamento de Justiça sobre suas atividades, o Exército de Libertação Negra foi suspeito de envolvimento em mais de 70 incidentes. Assata em seu julgamento disse que “O Exército de Libertação Negra não é uma organização: vai, além disso. É um conceito, um movimento popular, uma ideia. O conceito de BLA surgiu devido à opressão política, social e econômica dos negros neste país. E onde há opressão, haverá resistência. O BLA faz parte desse movimento de resistência. O Exército de Libertação Negra representa liberdade e justiça para todas as pessoas pretas”.

 Assata é descrita como “A alma do BLA, a mãe que os manteve lutando e mantendo-os em movimento" no livro Target blue: an insider's view of the N.Y.P.D de um Comissário Adjunto da Polícia, Robert Daley.

 O Exército de Libertação Negra atualmente tem 13 ex membros presos, Assata chama a atenção para a necessidade de libertar nossos irmãos:

 “Se Malcolm X estivesse vivo hoje, eu sei que ele estaria lutando para libertar todos os presos políticos. Em nome de Malcolm X, eu faço um apelo especial a vocês, Irmãs e Irmãos, para lutar com unhas e dentes para salvar a vida de Mumia e para libertá-lo das garras de seus opressores.

Enquanto você honra nossos antepassados e antepassadas, eu lhe peço que vocês todos honrem nossos heróis em vida. Quando você honra nomes como Nat Turner, Harriet Tubman e Malcolm X, eu lhe peço que honre nomes como Geronimo Pratt, Sundiata Acoli, Mutulu Shakur e Mumia Abu-Jamal. Eu lhes peço que não se esqueçam e não traiam nossos heróis vivos. Se nós ignoramos suas lutas, então estamos traindo nós mesmos. Nós não pudemos salvar Malcolm X, mas nós podemos salvar Mumia. Nós podemos salvá-lo e nós precisamos salvá-lo porque nós amamos nosso Irmão e nós precisamos do nosso Irmão para nos ajudar a lutar pela nossa Liberdade.

 Libertem Mumia Abu-Jamal! Libertem todos os prisioneiros políticos! Deixem-nos continuar nossa tradição pela Liberdade! [2]




 É necessário pautar que, Assata Shakur é uma mulher preta Africana que como a mesma diz “se recusa a desafricanizar” Assata NÃO é feminista e rejeita o movimento de mulheres brancas, ela fala na necessidade de resgate da nossa, ancestralidade, de nossa mulheridade Afrikana e a necessidade de construirmos um corpo de mulheres pretas fortes, como nossas ancestrais. Sua historia de vida e de luta é repleta de amor ao seu povo, comprometimento e lealdade com os seus, e total guerra à supremacia brankkka, usando de todos os meios necessários, é por esse motivo que Assata foi à primeira mulher a ser colocada na lista dos terroristas mais procurados da FBI.


 Mesmo exilada em Cuba, a luta de Assata permanece viva através de seu amor ao nosso povo e seus ensinamentos, e sim “Há, e sempre haverá, um Exército de Libertação Negra, até que todo homem, mulher e criança Negros sejam livres.”[3]






 Nascida em 29 de junho de 1950 com o nome de Cheri Laverne Dalton, seu nome de “escrava” que Nehanda deixa para trás ao adotar o nome de Nehanda Isoke Abiodun. Nehanda foi em homenagem a Nehanda Nyakasikana uma espiritualista revolucionária que liderou o confronto contra os britânicos no Zimbábue, sendo uma inspiração na luta nacionalista pela libertação do Povo Preto. Isoke significa “presente precioso de Deus” e Abiodun “Nascida no momento de guerra”


 Nehanda cresceu ao lado de seus pais, seu pai um nacionalista mulçumano revolucionário, Garveysta, e mais tarde seguidor de Malcolm X e sua Mae seguidora de Martin Luther King, apesar de pensamentos opostos, ambos foram fundamentais para o seu posicionamento, e como a própria diz “Ambos eram internacionalistas em seus próprios caminhos e trabalharam duro para me dar os meios práticos e espirituais que me permitiam orgulhar-me de ser uma mulher preta, de África”. Seu envolvimento com a militância começa aos 10 anos, quando ela participa de um piquete para não fechar o Parque Morningside, o único parque para as pessoas pretas, da comunidade negra West Harlem brincar. Porem só depois que ela passa a entender o motivo do fechamento do parque, o racismo e a gentrificação.


 Nehanda passou a atuar na recuperação de viciados em drogas, e acreditava que a clinica na qual passou a trabalhar, a Metadona em East Harlem era um caminho viável, ate ser demitida após se recusar a aumentar a dosagem de remédio para pacientes que já haviam diminuído o consumo de drogas, como a heroína, é através disso que ela toma conhecimento da clinica de desintoxicação de drogas de acupuntura do Hospital Lincoln. Fundada por Panteras Pretas, que tratou de milhares de pessoas viciadas em drogas, inclusive do álcool usando a acupuntura aliado as aulas de educação politica, e trabalhos comunitários também. As aulas de educação política permitiram ao paciente entender seu vício em um contexto mais político, como o vício contribuiu não só para a deterioração de si mesmo, mas também para a família e a comunidade. Foi nessas aulas que eles aprenderam sobre o envolvimento da CIA com o tráfico de heroína. Os trabalhos comunitários que eram passados incluíam tarefas de como ajudar alguma pessoa desalojada encontrar uma casa, ajudar uma família com o transporte para visitação de presos, ou participando de um julgamento mostrando apoio a um dos muitos prisioneiros políticos que estavam sendo presos pelo seu trabalho político, infelizmente a clinica foi fechada pelo governo por ser uma alternativa aos vícios das drogas e formação de revolucionários. Foi essa perseguição politica que levou Nehanda de volta às raízes de sua educação política; autodeterminação e autodefesa para a Nação Preta, se juntando a Mutulu Shakur e a Republica de Nova Áfrika.


 Nehanda Abiodun faz parte do Malcolm X Grassroots Movement uma organização de pessoas pretas Africanas na América, ou “New Afrikans” que é o termo que: “reflete nossa identidade pan-africana, nosso propósito e nossa direção. Embora venha de grupos étnolinguísticos distintos em África e na diáspora africana, nossa opressão compartilhada e a interdependência da nossa libertação redefinem nossas fronteiras”. Essa organização tem a finalidade de defender o povo preto e promover a sua autodeterminação. A organização entende que “As instituições coletivas da supremacia branca, do patriarcado e do capitalismo estão na raiz da opressão do povo preto, entendemos que sem o controle da comunidade e sem o poder de determinar nossas próprias vidas, continuaremos a ser vitimas do genocídio, portanto buscamos aumentar nossa consciência sobre autodeterminação como solução para essa colonização. Ao organizar nossos princípios de unidade, estamos construindo uma rede de Afrikanos comprometidos com a luta prolongada pela libertação da nova nação Afrikana, por qualquer meio necessário.” [4]


 A organização é baseada em 6 princípios, entre eles o de Reparações pela escravidão, o direito a autodeterminação, a libertação de presos políticos.

Malcolm X Grassroots Movement


 Nehanda também tem um trabalho militante com o Hip Hop, mais especificamente através do RAP, a qual ela afirma que “a música rap é... a voz do protesto... com a qual podemos educar e organizar em todo o mundo. [5]

Ela trabalha junto a Rappers negros como o grupo conselho anônimo formado por Mc Kokino e Mc Sekou. Denunciando por exemplo o racismo em cuba, sobre as moradias inferiores em que os negros se encontram em comparação com os brancos, por serem parados pela policia mais que os brancos, entre outros problemas sofridos, ela fundou em Havana um capitulo do Agosto Negro, um grupo seminal que promove a cultura do hip-hop nas bases. Desde a formação do capítulo realizou concertos de caridade em Nova York e Havana com artistas de alto nível como Erykah Badu, Mos Def, Common. Nehanda através do Rap organizou uma série de campanhas e reuniões em sua casa para incentivar a criação de um movimento preto e uma consciência negra em Cuba.


 Assata e Nehanda tem varias ligações além do fato de estarem exiladas em Cuba, ambas estiveram uma ao lado da outra em suas lutas, Nehanda é indiciada como uma das ajudantes que ajudaram Assata Shakur a fugir da prisão, e ambas fizeram parte da Republic of New Afrika- República da Nova Áfrika. 


 A República da Nova Afrika -RNA surge no auge do movimento de poder preto, através de uma reunião, onde Gaidi Obadele e Imari Abubakari, ambos amigos e seguidores de Malcolm X reuniu torno de 500 nacionalistas negros em Detroid para discutir a criação de uma nação negra dentro dos Estados Unidos, essa proposta tinha sido apresentado por Malcolm X, e posteriormente pelos Panteras Pretas também, entre vários outros grupos nacionalistas negros.


 A RNA acredita que, como nação, os negros têm direito a todos os direitos de uma nação, incluindo a terra e a autodeterminação, e que a terra é do povo preto por direito, uma vez que, foi através da nossa exploração e escravização que construíram a Amerikkka brankkka. A Organização exigia a criação de uma nação negra no Sul dos Estados Unidos, compreendendo a área de Carolina do Sul, Geórgia, Alabama, Mississippi e Lousiana, que eram considerados território onde os Africanos foram oprimidos durante os anos de escravidão, e onde ficaram subjugados após esse período.



 O modelo politico e econômico da RNA se baseava em UJAMAA, um sistema baseado no conceito de família/comunidade, que estava presentes nas sociedades Africanas, sua constituição era chamada de UMOJA constituição preta. Umoja em Swahili (Swahili é considerado o idioma do PanAfricanismo) significa UNIDADE, UNIÃO, essa constituição delineava o objetivo e fundamentos da organização, dentre eles 6 fundamentos básicos para a vida digna do povo preto na sua nação, que eram o direito a alimentação, moradia, vestuário, educação, tratamento médico e autodefesa, além da lista de 15 preceitos que um cidadão da República da Nova Afrika teria que acreditar e seguir:


1. Eu acredito na espiritualidade, humanidade e gênio do povo negro, e em nossa nova busca desses valores.
2. Eu acredito na família e na comunidade, e na comunidade como uma família, e eu trabalharei para tornar este conceito ao vivo.
3. Eu acredito na comunidade como mais importante do que o indivíduo.
4. Eu acredito na luta constante pela liberdade, para acabar com a opressão e construir um mundo melhor. Eu acredito na luta coletiva: na forma de vitória em concerto com meus Irmãos e Irmãs.
5. Eu acredito que a razão fundamental que a nossa opressão continua é que nós, como pessoas, não temos o poder de controlar nossas vidas.
6. Creio que a maneira fundamental de ganhar esse poder e acabar com a opressão é construir uma nação negra soberana.
7. Eu acredito que toda a terra nos Estados Unidos, sobre a qual vivemos há muito tempo, sobre a qual trabalhamos e construímos, e em que lutamos para permanecer, é a terra que nos pertence como povo.
8. Eu acredito na Doutrina de Malcolm X: que devemos organizar sobre esta terra e realizar um plebiscito, para dizer ao mundo por uma votação que somos livres e nossa terra independente e que, após a votação, devemos estar prontos para nos defender, estabelecendo a nação além da contradição. 9. Portanto, prometo lutar sem cessar, até que ganhamos soberania. Eu prometo lutar sem falhar até que nós construamos uma condição melhor do que o homem ainda conheceu.
10. Vou dar a minha vida, se isso for necessário. Eu darei o meu tempo, minha mente, minha força e minha riqueza porque isso é necessário.
11. Vou seguir os meus líderes escolhidos e ajudá-los.
12. Amarei meus Irmãos e Irmãs como eu.
13. Não vou roubar nada de um Irmão ou Irmã, não trapacearei nenhum Irmão ou Irmã, não abusarei de nenhum Irmão ou Irmã, não entregarei nenhum Irmão ou Irmã e não espalharei nenhuma fofoca. 14. Vou manter-me limpo no corpo e no discurso, sabendo que eu sou um conjunto de luz em uma colina, um verdadeiro representante do que estamos construindo.
 15. Serei paciente e edificante com os surdos, os idiotas e os cegos, e procuro, por palavras e ações, curar a família negra, levar o Movimento para a Comunidade, mães e pais, irmãos e irmãs deixados no caminho. [6]


A República da Nova Áfrika solicitou pagamentos de reparação de dez mil dólares por cada pessoa negra com base na promessa da reconstrução de libertar escravos de "cinquenta dólares, quarenta acres e uma mula". Entre os vários nacionalistas negros, cidadãos da New Áfrika estavam pessoas como Betty Shabazz, militante da nação do islã onde atuava como enfermeira, a mulher que deu todo apoio para que Malcolm X pudesse ser o grande líder que foi, H. Rap Brown, conhecido como Jamil Abdullah Al-Amin o ministro da Justiça dos Panteras Pretas, Maulana Karenga da organização US e responsável pela criação do Kwanzaa, Rainha-Mae Audley que foi uma das fundadoras da republica da nova Afrika, e uma das mulheres bases da UNIA, e difusora do PanAfricanismo, assim como Assata e Nehanda.


 Assata relata sua aproximação com a New Áfrika e como se sentiu no momento que passou a ser uma cidadã: “viajando na ideia de uma nação Preta na Babilônia, uma nação de Pretos e Pretas bem no meio da barriga da besta. Imaginando uma juventude Preta florescendo e sendo criada em escolas Pretas, ensinada por professores que a amassem e ensinassem ela a se amar. Controlando suas vidas, suas instituições, trabalhando juntos para construir uma sociedade humana, pondo fim no longo legado de sofrimento que o povo Preto aguentou nas mãos da amérika. Minha mente viajou na ideia e em um minuto eu estava imaginando ônibus vermelhos, pretos e verdes, prédios com decoração Africana, programas de televisão Pretos e filmes que refletiam as características reais da vida Preta ao invés das características criadas pelo racismo. Eu imaginei tudo, desde cidades chamadas Malcolmville e Nova Lumumba até recepções de líderes revolucionários de todo o mundo na Casa Preta.” [7]


 A RNA teve bastante adesão e por esse motivo foi atacada pela FBI e pela COINTELPRO, tendo vários de seus militantes presos, inclusive em prisão perpetua. Mesmo após esse momento, a adesão continua crescente com uma adesão de 10 mil em Washington, a República da Nova Áfrika continua ativa e promovendo a conscientização sobre uma nação preta, a autodeterminação do nosso povo, por todos os meios necessários! 




[1] Autobiografia de Assata Shakur
[2] Trecho de: Uma Mensagem de Assata Shakur para Mumia disponível em: https://assatashakurpor.wordpress.com/textos/das-maos-de-assata/uma-mensagem-de-assata-shakur-para-mumia/
[3] Trecho de: Para Meu Povo disponível em: https://assatashakurpor.wordpress.com/cartas/para-meu-povo/
[4] Malcolm X Grassroots Movement - https://mxgm.org/
[5] Movimentos de justiça social "Madrinha do hip-hop cubano". 2005
[6] This is the Code of Umoja Black Constitution
[7] https://assatashakurpor.wordpress.com/textos/das-maos-de-assata/assata-shakur-sobre-aproximacao-com-a-new-afrika-e-mudanca-de-nome/


 Material de Apoio: Livro: Assata Shakur escritos – Da organização REAJA que pode ser adquirido através do email: editorareaja@gmail.com todo o dinheiro arrecado com o livro é revestido para a luta preta autônoma.

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